Pontes Pantaneiras

Construção de pontes marca um novo capítulo para conservação pantaneira

Até o dia 18, Campo Grande vai abrigar o maior evento sobre sustentabilidade e biodiversidade do Pantanal

No último dia 16, o Fórum Pontes Pantaneiras estabeleceu um novo capítulo na conservação do Pantanal. Com o tema “Conectando pessoas, cultura, biodiversidade e sustentabilidade, a primeira edição reuniu representantes do poder público, iniciativa privada e terceiro setor. 

A tônica da cerimônia de abertura do Fórum foi de união entre grupos plurais, alguns antagônicos no passado, para encontrar caminhos para o desenvolvimento sustentável e valorização da comunidade pantaneira responsável por práticas seculares que têm passado de geração em geração e garantido a conservação do maior bioma de terras alagáveis do planeta.

Estiveram à mesa de abertura, o Cônsul-Geral dos Estados Unidos em São Paulo, David Hodge; Governo do Estado do Mato Grosso – Sanny Saggin; Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima – Ronaldo Morato; Representante do Ministério da Agricultura e Pecuária – Suzana Salis da Embrapa Pantanal; Governador do Estado do Mato Grosso do Sul – Eduardo Riedel.

O Fórum Pontes Pantaneiras é uma realização de IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, Embrapa Pantanal, University College London, o Smithsonian Institution e o ICMBio/CENAP, e que tem o apoio da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil.

Até sexta-feira (18), o Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, no Parque dos Poderes da capital sul-matogrossense, estão previstas cerca de 15 mesas redondas e painéis que reunirão cerca de 100 painelistas para debater casos de sucesso de conservação e refletir sobre mudanças positivas que valorizam o povo, a cultura e o capital natural. O acesso é  gratuito e o público terá a oportunidade de aprender sobre os desafios para o desenvolvimento de estratégias voltadas para oferecer alternativas de renda, conservar a biodiversidade e promover a pecuária sustentável, entre outras temáticas.   

“Estamos aqui para agregar diferentes pessoas e setores da sociedade juntos para falar sobre a conservação do pantanal. O fórum foi pensado como uma oportunidade de reunir atores interessados na conservação e no desenvolvimento sustentável  reforçando a esperança, inspirando a ação e a colaboração em benefício do Pantanal e dos pantaneiros e principalmente exaltando a cultura, as pessoas e a natureza. Eu desejo que todos vocês tenham durante este evento tenham trocas, intercâmbios, aprendizados e construções conjuntas e que juntos a gente possa reforçar essas pontes do pantanal sustentável”, afirma Cristina Tófoli, do Ipê – Instituto de Pesquisas Ecológicas.

“As áreas úmidas como o Pantanal no brasil têm um papel importante na resiliência das mudanças climáticas que atualmente representam uma das ameaças enfrentadas pela humanidade. A crise do clima está no centro da política doméstica e externa dos Estados Unidos. Reconhecemos que o Brasil desempenha um papel ímpar e determinante na abordagem da mudança climática global”, afirma David Hodge, Cônsul-Geral dos Estados Unidos em São Paulo.

Não poderia deixar de citar que a pecuária pantaneira que está presente aqui há mais de 300 anos carrega consigo a cultura histórias e lutas e mostra que a maior parte do bioma se encontra conservado, Portanto diante deste fato, é importante dizer que a aqui no Pantanal não entregamos só carne para a sociedade, entregamos junto a cultura pantaneira e nossa responsabilidade socioambiental”, afirma Suzana Sales, chefe geral da Embrapa Pantanal.

“Precisamos colocar as ideias em prática para fazer acontecer. Essas conversas aconteceram com o cônsul e as duas agendas começaram a se alinhar e conseguimos construir o que nós estamos vendo hoje. O fórum tem esse objetivo principal que pensa no pantanal. Instituições que às vezes não se falam, podem conversar. Pessoas com discursos opostos possam estar juntos para conversar. A história do fórum é de todo mundo que já passou por aqui”, afirma Rafael Chiaravalloti, Professor de Antropologia Ambiental e pesquisador da Universidade Colégio de Londres.

“O fórum Pontes Pantaneiras não poderia acontecer em melhor hora no estado do Mato Grosso do Sul e Pantanal. Ele começa justamente no momento em que os assuntos relativos à legislação serão rebatidos. Estamos em um momento onde cada vez mais as pessoas, instituições, representantes precisam conversar. Por isso eu exalto a iniciativa. Vamos precisar da ciência, do conhecimento, dos produtores e entender essa dinâmica econômica e social. O pantanal cultivou ao longo do tempo a cultura e a gente está perdendo um pouco disso por falta de viabilidade econômica. Quando entra um novo perfil, a soja no pantanal é uma ameaça. Nós temos muito mais perguntas do que respostas. Essas iniciativas que devem encontrar essas respostas”, Governador do Estado do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel.

“Quero parabenizar essa comunidade que está tratando dessa temática e colocar o Ministério da agricultura a disposição dessa discussão de vocês. Estamos a postos para receber, fazer e colaborar com este sucesso”, afirma José Antonio Roldão, superintendente de Agricultura e Pecuário do Mato Grosso do Sul.

“A relação do homem pantaneiro, desde os povos originários até hoje permitiu que o Pantanal se tornasse um dos biomas preservados do Brasil. Neste evento, é importante que se façam suas pontes, estreitam os seus laços e façam este momento de aprendizado e  troca. Vamos olhar  para os desafios que se apresentam diariamente no modo de vida, como as mudanças climáticas que ordenam mudanças no nosso comportamento”, afirma Ronaldo Morato, Ministério do  Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Sobre as Pontes Pantaneiras

O programa Pontes Pantaneiras é fruto de articulações iniciadas em 2018 durante o workshop “Desenvolvimento de uma Rede de Conservação do Pantanal”, realizado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande, e organizado pela instituição em parceria com a Embrapa Pantanal, o Smithsonian Institution, o ICMBio/CENAP e a SOS Pantanal. Na ocasião, os participantes – proprietários rurais, cientistas e ambientalistas – identificaram a necessidade de melhorar as articulações e os diálogos multissetoriais e amplamente participativos na busca da sustentabilidade. Assim, a iniciativa vem consolidar os objetivos estabelecidos em 2018. 

Realização: IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas; Embrapa Pantanal; University College of London (UCL); Smithsonian Institution; ICMBio/CENAP e Ágora.

Comitê Consultivo: Fazenda Barranco Alto-Pantanal; Instituto Paulo Machado; Instituto Taquari Vivo; Acaia Pantanal; Renascer Artesanato Pantaneiro; INAU – Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas; Caiman; Rede de Comunidades Tradicionais Pantaneira; Aliança 5P; Pew Charitable Trusts; SOS Pantanal; Documenta Pantanal, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, WWF Brasil, INPP – Instituto Nacional de Pesquisas do Pantanal; Instituto Maniva; Ecoa; Instituto Homem Pantaneiro. 

Patrocinadores: Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil; Fazenda Barranco Alto-Pantanal; Acaia Pantanal; Documenta Pantanal; Caiman; Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul; Biofílica/Ambipar;

Apoio: Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, Smithsonian Institution, The Pew Charitable Trusts; Instituto Moinho Cultural Sul-Americano; Rede Accor; Sebrae/MS.

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