Diretores de documentários envolvendo o Pantanal se reuniram no auditório Pedro de Medeiros do Centro de Convenções Arquiteto Gil de Camilo para reflexões sobre o papel da linguagem cinematográfica na mobilização de esforços para trazer a atenção da sociedade para uma agenda de proteção e valorização da vida e práticas seculares de respeito à biodiversidade no Pantanal.
Mediado pela jornalista e escritora, Claudia Gaigher, o painel contou com Maurício Coppeti, fotógrafo, diretor e ambientalista; Christian Dimitrius, o cinegrafista e fotógrafo; André Bittar, fotógrafo; João Paulo Krajewski, biólogo e documentarista; Mônica Guimarães, Produtora Executiva da Documenta Pantanal; Joel Pizzini, cineasta; e José Sabino, da UEMS.
Em uma alusão ao papel do cinegrafista e sua relação umbilical com o bioma, Claudia ressalta que “precisamos escutar o som da vida e ele se impõe. O Pantanal escolhe as pessoas. E não nos damos conta de que muitas das vezes fomos escoilhidos”.
Entre apresentações de curtas e trailers de documentários produzidos pelos profissionais, fizeram uma reflexão sobre o registro documental feito no passado, onde o foco era a exaltação do belo e do exótico, ignorando as consequências prejudiciais da ação do homem. E todos foram unânimes ao reforçar esse novo olhar que a linguagem atual têm adotado, de preocupação em conectar o público com a natureza e, inclusive, furar a bolha para levar a discussão da conservação para todos os nichos da sociedade..